Data: 17/07/2011
Dentro deste contexto de mudanças, a banda Engrenagem Urbana lançou este ano um CD homônimo. No álbum, a MPB, o jazz, o soul, o funk e o rap se encontram criando um som que pode ir além dos ouvintes do rap. A mistura é uma tentativa de trazer não só suas influências, mas também buscar um diferencial. Os músicos curtem essa mescla e dizem não se preocuparem com o público, mas acreditam que toda essa diversidade musical chega a ser bom para o grupo, já que agrega mais ouvintes. “De uma forma geral, nosso trabalho vem coletando pessoas de diferentes perfis, diferentes estilos, gente mais adulta e mais sedenta por arte e inovação”.
Criada na Cohab II, na zona leste de São Paulo, a banda é uma junção dos músicos Kiko de Sousa (tecladista), Thiago Rocha (percussionista) e Clayton Nenê (baixista), que já tocavam juntos há 6 anos. Recentemente, chegaram para somar a cantora Maria Elvira e o MC Samuel Porfírio. No show, rola até releituras de Corinne Bailey, Erikah Badu, Otto e Marvin Gaye. O grupo avisa: “Não se surpreendam se ouvirem uma bossa nova, adoramos [Tom] Jobim”.
O Engrenagem Urbana já abriu shows para o rapper Emicida e o músico e ex-Titãs Arnaldo Antunes. Com um olhar sobre a cena, a banda acredita que o rap passa por um processo de mudança e está fora do lugar que deveria ocupar. Para a banda, assim como o rap precisa das pessoas, as pessoas precisam do rap. E a mídia faz essa ponte: “ela é mais um véiculo para mostrar que o rap, com ou sem a grande mídia, vai continuar pulsando nas periferias e invadindo o centro e os cantos das cidades”.
Por: Erica Bastos
Central Hip Hop
Nenhum comentário:
Postar um comentário